Certificados disponíveis

Clique para acessar a área de impressão!

Notícias

Saúde digital, dependência a cigarros eletrônicos e poluição como fator de risco marcam último dia do 78°CBC

Atividade debateu oportunidades de prevenção e fatores de risco para doenças cardiovasculares

Na manhã do último dia do 78° Congresso Brasileiro de Cardiologia, a apresentação “Futuras ameaças e oportunidades no controle do risco cardiovascular”, coordenada pela médica Maria Elaine Campos Magalhães, debateu fatores de risco e ameaças para a saúde do coração que têm surgido no mundo atual, bem como formas atuais de prevenção para as cardiopatias.



A primeira apresentação, “Monitoramento contínuo de risco cardiovascular por dispositivos vestíveis já é possível?”, realizada por Edward Fry, presidente do American College of Cardiology, discutiu como os dispositivos móveis podem contribuir para o monitoramento da saúde do coração em tempo real.



Em sua fala, Fry falou sobre o uso de aplicativos que, associados aos conhecimentos médicos, podem prever o acontecimento de eventos cardiovasculares e também enviar, por meio de biossensores, informações importantes sobre o paciente aos médicos.



Além disso, o médico expôs dados que mostraram o avanço da telessaúde após a pandemia de Covid-19, que proporcionou ao mundo um aumento significativo de atendimentos via plataformas digitais.



A segunda apresentação foi realizada pela médica Jaqueline Scholz, professora e pesquisadora do Incor, da FMUSP, e importante porta-voz sobre o tabagismo no país e no mundo. 



A médica começou sua fala lembrando sua recente participação na reunião aberta do Conicq (Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro da OMS para o Controle do Tabaco) - COP10 e MOP3,  que ocorreu em 27 de setembro, na qual representou a SBC a pedido do Comitê de Qualidade Assistencial.



Scholz lembrou a trajetória e o surgimento dos chamados cigarros eletrônicos, desde a sua primeira geração, que continham uma quantidade de nicotina inferior aos cigarros convencionais, até a atual safra de aparelhos, que tem preocupado autoridades de saúde pública no mundo todo, devido à quantidade de internações e problemas causados, em especial no público jovem.



De acordo com ela, esses aparelhos têm causado uma “abstinência avassaladora”, justamente por possuírem uma quantidade nicotina superior aos cigarros tradicionais. Além disso, ela lembrou que o uso dos cigarros eletrônicos foi incentivado no início, em meados de 2009, tendo como base a primeira geração de aparelhos. Porém, de acordo com ela, é impensável que sejam estimulados no dia de hoje, sendo necessário que as autoridades públicas e sociedade civil se coloquem contra este perigoso fator de risco para a saúde como um todo.



Finalizando as apresentações, Tales de Carvalho, fundador e primeiro presidente do grupo de estudos em Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica (SBC/DERC/GERCPM), trouxe o tema “Já se pode quantificar o efeito crônico da poluição?”.



Em sua apresentação, Carvalho apontou que a poluição, tanto doméstica quanto advinda do ambiente externo, é um importante fator de risco para as doenças cardíacas e pulmonares atualmente, sendo considerada até mesmo por órgãos internacionais, como o American Heart Association. O médico apresentou pesquisas que demonstram o impacto da inalação do ar poluído na saúde do coração.



Além disso, avaliou que mudanças bruscas de temperaturas fazem mal ao organismo e trouxe um importante dado, que mostrou que o ar poluído associado a atividade física intensa aumentam as chances de problemas cardiovasculares, devido ao aumento de toxinas inaladas durante a respiração.



 



listar todas as notícias